PROGRAMAÇÃO

21º Seminário de Computação e Mercado

CONTAGEM REGRESSIVA

QUINTA-FEIRA 18/07/2019, Sala: Açaí / Auditório
09:00 às 12:00 Painel Computação e Responsabilidade Socioambiental: Alan Calheiros (INPE), Ernani Azevêdo (ISI-TICs), Paulo Estevão Cruvinel (EMBRAPA), Paulo Henrique Lima (IESPES)
PROGRAMAÇÃO CSBC
16:30 às 17:20 APRESENTAÇÃO DE CASE:

Ana Carolina Siravenha (ISI-TM) – Machine  learning aplicada à caracterização de estados mentais associados ao perfil produtivo de operadores de equipamentos pesados

17:20 às 18:10 APRESENTAÇÃO DE CASE:

Adriana Nunes Teles Xisto (PRODEPA) e Elisio dos Santos Cabral (PRODEPA) – PAE – Solução Corporativa que promove a sustentabilidade econômica e ambiental, além de contribuir para a eficiência das ações do Estado do Pará

18:10 às 19:00 APRESENTAÇÃO DE CASE:

Alexandre Bezerra (Amachains) – Blockchain, rastreabilidade e compliance para as cadeias produtivas do agronegócio.

Local

Nome Hangar:  Auditório
Nome CSBC: Açaí

09:00 às 10:30 – Quarta-feira

O INPE e a Computação Aplicada a Meteorologia

Alan Calheiros (INPE)

Resumo: O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) é um instituto do governo federal quem têm diversas atividades associadas a área espacial e ambiental. Dentro da sua estrutura existem diversas coordenações que visam melhorar o dia a dia da sociedade a partir da geração de novas tecnologias e pesquisas aplicadas. Dentro desta estrutura organizacional existe o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE), situado na cidade de Cachoeira Paulista/SP, que foi criado para implementar e desenvolver pesquisas para tonar as previsões de tempo e clima do Brasil úteis aos diversos setores da sociedade, considerando tanto informações globais como regionais. Desde sua criação o CPTEC vem aplicando diversas técnicas computacionais para melhorar a qualidade de suas previsões. A Meteorologia, assim como outras áreas, segue uma tendência mundial onde cada vez mais dados são coletados, produzidos, armazenados e processados, acompanhando o poder computacional adquirido nos últimos anos. Logo, a meteorologia tem se tornado um abundante nicho de pesquisas e aplicações da computação, atraindo o interesse da comunidade acadêmica e do setor privado. Neste sentido, o Laboratório Associado de Computação e Matemática Aplicada (LAC/CoCTE/INPE), localizado em São José dos Campos/SP, vem pesquisando e desenvolvendo importantes ferramentas para suportar as várias áreas de atuação do INPE, incluindo a meteorologia. O LAC tem entre suas atividades a aplicação e desenvolvimento de técnicas que fazem uso de processamento de imagens de satélites e radares meteorológicos em conjunto com modelos numéricos meteorológicos para melhorar a previsão a curtíssimo prazo de tempestades, otimização dos próprios modelos numéricos usados para previsão a mais longo prazo, problemas inversos e sua aplicação na estimativa de parâmetros atmosféricos, entre outras atividades. Tais pesquisas e sua implementação em um ambiente operacional visa ajudar o CPTEC e seus parceiros a melhorar a previsão de tempo, que tem como o objetivo final reduzir a vulnerabilidade da população, além de tonar alguns setores da sociedade (e.g. agricultura, geração e transmissão de energia e gestão de bacias hidrográficas) mais eficientes.

Biografia: O Dr. Alan Calheiros possui graduação em Meteorologia pela Universidade Federal de Alagoas e mestrado e doutorado (2013), também em meteorologia, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Desde 2015 é Tecnologista do INPE. Entre 2015 e 2017 desenvolveu atividades na Divisão de Operações do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (DOP/CPTEC/INPE). Atualmente é parte do grupo do Laboratório Associado de Computação e Matemática Aplicada (LAC/CoCTE/INPE). Tem experiência na área de Meteorologia, com ênfase em Sensoriamento Remoto da Atmosfera, atuando principalmente nos seguintes temas: Sistemas automáticos de previsão a curto prazo de Tempestades e de Estimativa de Precipitação por Satélites e Radares Meteorológicos, Microfísica de Nuvens e Precipitação e Modelagem dos Processos Radiativos na Atmosfera.

10:30 às 12:00 – Quarta-feira

Uma arquitetura para coletar dados de consumo e apontar mudanças no padrão de uso de utilities

Ernani Azevedo (ISI-TICs)

Resumo: Apesar de séculos de utilização de recursos como água, energia elétrica e gás, apenas recentemente houve a preocupação por formas mais eficientes de consumir tais recursos. Indústria, comércio, agricultura e residências comuns fazem uso das chamadas utilities, contudo, de forma indiscriminada e com acompanhamento totalmente dependente da relação de confiança entre consumidor e concessionária. A arquitetura proposta para acompanhar o consumo desses ativos prevê uma forma flexível e de fácil instalação para trazer inteligência aos consumidores.

Biografia: Doutorando em ciência da computação, Ernani está desenvolvendo sua tese sobre a interoperabilidade entre os dispositivos de rede atuais (smartphones, computadores, IoT). Ernani se formou em ciência da computação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2007, obteve o grau de mestre em ciência da computação pela mesma instituição em 2010 e no momento atua como Pesquisador Industrial no Instituto SENAI de Inovação para Tecnologias de Informação e Comunicação (Recife-PE) com ênfase em projetos de Internet das Coisas. Em experiências anteriores com pesquisa, Ernani trabalhou com gerenciamento de projetos, gerenciamento baseado em políticas, virtualização, computação em nuvem, composição de serviços e segurança de redes corporativas. Ele também é um revisor do periódico IEEE Transactions on Services Computing.

16:30 às 18:00 – Quarta-feira

Computação e política socioambiental para auxílio à tomada de decisão na produção agroalimentar mundial

Paulo Estevão Cruvinel (EMBRAPA)

Resumo: Nos dias atuais há cerca de 7,3 bilhões de seres humanos no planeta e todos necessitam de alimentos, fibras e energia. Projeções da ONU indicam que a população chegará a 9,7 bilhões até 2050.Tal realidade traz muitos desafios e a segurança alimentar tem sido vista como sendo o principal entre eles. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) prevê que será preciso impulsionar a produção mundial de alimentos em 70% nas próximas décadas, a fim de alimentar a população esperada para 2050. Para tanto, de forma a garantir a resiliência dos sistemas naturais, a agricultura deverá passar por um renascimento que demandará cada vez mais estratégias que integrem conhecimentos e política pública socioambiental. A promoção do desenvolvimento sustentável é parte dos novos paradigmas do século XXI e a política socioambiental é apresentada em uma concepção integrada das dimensões econômica, social, ambiental e humana. Tal visão define instrumentos e diretrizes que apoiam a promoção do desenvolvimento sustentável e competitivo, assim como a segurança alimentar, com geração de emprego e redução das desigualdades sociais e regionais. Neste contexto, associado às inteligências agronômica, pecuária e biológica, nos deparamos com a necessidade do uso de máquinas avançadas, internet das coisas (IoT) e informação em grande escala (Big Data) para auxílio aos processos de decisão que possam levar à minimização de perdas, riscos e externalidades negativas. Neste cenário de realidades, a computação e interoperarão avançada com base na contextualização da agricultura 4.0, sistemas ciber-físicos em processos distribuídos, operarão sem fio e em nuvem encontram cada vez mais papel de fundamental importância. Por outro lado, a apropriação desses novos conhecimentos, algoritmos, técnicas e novas arquiteturas por pequenos, médios e grandes produtores demandará maior capacitação e incorporação de sistemas supervisionados e não supervisionados, que possibilitem auxiliar no gerenciamento de áreas para a produção agrícola, pecuária e florestal, assim como em outros elos da cadeia de valor, incluindo a agroindústria, os sistemas logísticos e os consumidores, contando com a colaboração homem-máquina baseado em um modelo em que os humanos trabalham em conjunto com sistemas de inteligência artificial e outras máquinas, em vez de usá-los apenas como ferramentas.

Biografia: Pesquisador da Embrapa, Engenheiro Eletricista formado nas modalidades Eletrotécnica e Eletrônica pela UNIFEB em 1980, tendo recebido o Prêmio Instituto de Engenharia como o melhor aluno da turma. Em sua carreira acadêmica e de pesquisa tem se dedicado ao estudo e desenvolvimento de sensores, sistemas inteligentes, computação e automação na agricultura. É Mestre em Bioengenharia pela UNICAMP em 1984 e Doutor em Automação, também pela UNICAMP em 1987. Desenvolveu programa de Pos-doutorado em 1988 no Centro per l´Ingegneria Biomedica e Cattedra di Fisica, Università degli Studi di Roma La Sapienza, Rome, Italy com apoio do programa de treinamento em Laboratórios Italianos do Abdus Salam International Center (Trieste). Desenvolveu também, um segundo programa de Pos-doutorado em 1990 e 1991 no Department of Land, Air, and Water Resources e Crocker Nuclear Laboratory, University of California at Davis, California, USA, trabalho que recebeu o apoio do CNPq no programa RHAE. Participou no grupo de fundadores da Embrapa Instrumentação Agropecuária. É professor colaborador nos programas de pós-graduação da Universidade de São Paulo, Campus de São Carlos junto aos Departamentos de Física e Engenharia Elétrica, bem como junto ao Departamento de Computação da Universidade Federal de São Carlos. Recebeu os Diplomas de Premiação por Excelência na categoria técnico-Científico (1997) e de Destaque Individual (2005) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e em 2000 o Prêmio Personalidade da Agricultura conferido pelo Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo. No período de 1998 a janeiro de 2002 foi Chefe Geral da Embrapa Instrumentação Agropecuária e o Presidente da Comissão Técnica do Programa Nacional de Automação Agropecuária. No período de setembro de 2012 a maio de 2014 foi Chefe da Secretaria de Gestão Estratégica (SGE) da Embrapa. Foi o primeiro Secretário Técnico do Fundo Setorial de Agronegócio junto ao Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), trabalho vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia. No período de setembro de 2015 a setembro de 2017 atuou como Presidente da Associação Brasileira de Engenharia Agrícola (SBEA). Ele é membro do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE), da Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e da Associação Brasileira de Engenheiros Agrícolas (SBEA). Também é membro do Conselho de Curadores da Fundação Parque de Alta Tecnologia de São Carlos, é membro do Conselho Tecnológico do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo e Pesquisador Visitante do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP IEASC). Em 2016 passou a Fellow da International Academy, Research and Industry Association (IARIA).

18:00 às 19:00 – Quarta-feira

Projeto Saúde & Alegria:  Experiências com inclusão digital e inovação cidadã na Amazônia

Paulo Henrique Lima (IESPES)

Resumo: O Projeto Saúde e Alegria (PSA) atua na Amazônia com o objetivo de promover e apoiar processos participativos de desenvolvimento comunitário integrado e sustentável, que contribuam de maneira demonstrativa no aprimoramento das políticas públicas, na qualidade de vida e no exercício da cidadania.  A partir de Santarém, com diferentes estratégias pedagógicas e com ênfase no uso do lúdico, buscamos trazer para a sociedade de informação a vida e cultura das populações de comunidades tradicionais da região do Tapajós.

Biografia: Paulo Lima possui graduação em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É mestrando do Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da Amazônia da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) na área de Sociologia Rural. Atualmente é um dos coordenadores do Projeto Saúde & Alegria em Santarém, Pará. Foi consultor da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL).  É especialista em avaliação e gestão de projetos sociais. Leciona no curso de Jornalismo do Instituto Esperança de Ensino Superior (IESPES), em Santarém. Tem experiência na área de História, Sociologia e Comunicação Social, atuando principalmente nos seguintes temas: inclusão digital, sociedade da informação, comunicação alternativa, história, software livre, sociedade civil e movimentos sociais. Participou de conselhos de organizações da sociedade civil brasileiras e internacionais e tem publicado artigos e contribuições nos campos de sua atuação.

Currículo Lattes

16:30 as 17:20 – Quinta-feira – CASE 1

Machine learning aplicada à caracterização de estados mentais associados ao perfil produtivo de operadores de equipamentos pesados

Ana Carolina Siravenha (ISI-TM)

Resumo: Tarefas prolongadas, em particular as repetitivas, requerem níveis elevados de atenção que podem resultar num estado de fadiga mental. Do ponto de vista comportamental, a fadiga mental pode ser observada através do baixo rendimento da performance produtiva. A diminuição da destreza de movimentos motores, diminuição do estado de alerta e aumento do tempo de reação, também podem ocasionar um sentimento de frustração associado à baixa de desempenho operacional. Identificar como a fadiga mental impacta no desempenho de um operador de equipamentos pesados em cenário industrial, por exemplo a mineração, é uma proposta desafiadora. Modelos de aprendizado de máquina (machine learning), especialmente as redes neurais artificiais (artificial neural network), destacam-se como eficientes ferramentas em estudos aliando dados biométricos à tecnologia, e contribuindo para a compreensão do comportamento cerebral associado a uma determinada tarefa operacional. Nesta palestra, discutiremos os aspectos que envolvem a distinção de estados mentais, como a fadiga mental, e como vem sendo possível sua associação aos perfis produtivos de operadores de escavadeiras em ambiente de mineração.

Biografia: Ana Siravenha é doutora em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e Pesquisadora do Instituto SENAI de Inovação em Tecnologias Minerais (ISI-TM). Possui experiência na área de processamento de sinais e aprendizado de máquina. Atualmente dedica-se à projetos voltados para o processamento de sinais cerebrais na diferenciação e identificação de perfis cognitivos em operadores de equipamentos pesados.

17:20 as 18:10 – Quinta-feira – CASE 2

PAE – Solução Corporativa que promove a sustentabilidade econômica e ambiental, além de contribuir para a eficiência das ações do Estado do Pará

Adriana Nunes Teles Xisto (PRODEPA)

Elisio dos Santos Cabral (PRODEPA)

Resumo: O sistema de Processo Administrativo do Estado do Pará é uma solução para a geração e tramitação de documentos de forma totalmente eletrônica que busca a eliminação da utilização de papel contribuindo, assim, para tornar o Pará um Estado mais digital e garantindo o acesso imediato e sem perda de informações. O uso do sistema pelos órgãos do poder executivo do Estado já é uma realidade e o Governo vem fortalecendo a adoção do sistema nos órgãos do Estado, além de viabilizar o desenvolvimento de novos recursos para expandir o uso do sistema pelo cidadão e por outras instituições. A solução, além de contribuir para a transparência, segurança das informações, a economia e sustentabilidade, encurta distâncias, que para um estado continental como o Pará tem um impacto significativo na eficiência de suas ações. Sua utilização reflete diretamente na agilidade dos processos em benefício da máquina pública e consequentemente do cidadão, influencia no dia-a-dia na economia desde a diminuição da pressão da cadeia de utilização de papel, redução de custos energéticos como por exemplo a queda na utilização de elevadores dos prédios públicos e a contribuição para a diminuição da pressão no sistema de tráfego automotivo nas cidades com menos carros do governo se deslocando entre os órgãos são alguns dos reflexos que recaem sobre a utilização da ferramenta de processo administrativo eletrônico e é o que pretendemos demonstrar nesta apresentação.

Biografia: Adriana é graduada em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Pará e em Licenciatura Plena em Matemática pela Universidade do Estado do Pará. Especialista em Componentes JAVA Enterprise pela Universidade da Amazônia – UNAMA. Trabalha desde 2004 na Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Pará e atualmente é responsável pela Divisão Projetos e Inovação. Mais de 14 anos de experiência nas áreas de análise e desenvolvimento de sistemas, arquitetura de soluções e gestão de projetos.

Elisio é graduado em Tecnologia em processamento de dados pela Universidade da Amazônia – UNAMA. Especialista Lato Sensu em Gestão em Ciência e Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica pela Escola de Governança Pública do Estado do Pará. Trabalha desde 2004 na Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Pará e atualmente é responsável pela Divisão Construção de Sistemas. Mais de 14 anos de experiência nas áreas de análise e desenvolvimento de sistemas, arquitetura de soluções e gestão de projetos.

18:10 as 19:00 – Quinta-feira – CASE 3

Blockchain, rastreabilidade e compliance para as cadeias produtivas do agronegócio.

Alexandre Bezerra (Amachains)

Resumo: A Amachains desenvolveu um sistema unindo blockchain, rastreabilidade e compliance com foco no pequeno produtor da agricultura familiar, para quem vão disponibilizar de forma gratuita, somente para aqueles produtores devidamente regularizados junto aos órgãos oficiais. Nessa apresentação vamos mostrar como funciona nosso sistema, como foi a jornada para seu desenvolvimento unindo academia, empreendedores, ecossistema e mostrar como ele agrega valor a todos os atores em qualquer cadeia produtiva em que seja aplicado.

Biografia: Empreendedor social, Fundador e CEO da Amachains, diretor de parcerias da Açaí Valley, especialista em tecnologia e inovação.